sábado, 3 de julho de 2010

ANA vai investir R$ 100 milhões em sistema de monitoramento de rios

A Agência Nacional de Águas (ANA) vai investir R$ 100 milhões em um projeto que visa dotar o País até 2015 de um sistema padronizado de monitoramento das águas dos principais rios brasileiros. A avaliação será aberta à sociedade, que passará a ter conhecimento da real situação de poluição, e vai ajudar os governos estaduais e federal a identificar prioridades para as políticas públicas.


Os recursos vão sair do Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas (PNQA) e, de acordo com o especialista em recursos hídricos da ANA Paulo Libânio, serão investidos cerca de R$ 90 milhões nas redes de monitoramento. “Mais R$ 4,8 milhões serão usados para equipar os Estados e R$ 2,9 milhões para divulgar e tornar essas informações acessíveis ao público”, diz Libânio. “Nosso objetivo vai além do monitoramento. Com as avaliações que serão feitas, transformaremos dados em informações e as informações em conhecimento.”


O especialista da ANA explica que 18 Estados já fazem a avaliação das águas “de forma competente”. Mas falta a participação de nove Estados. “A maioria fica na Região Norte, onde há poucos problemas com a qualidade da água”, afirma Libânio. Além de incluir os Estados na rede, serão estabelecidos critérios padronizados de monitoramento, o que facilitará a compreensão contextualizada e comparativa das informações obtidas. “Faltam parâmetros para que tenhamos uma visão nacional sobre a qualidade da água dos rios brasileiros.”


“O Portal da Qualidade das Águas consolidará as informações. Oferecerá mapas, parâmetros monitorados, informações sobre o índice de qualidade de rios, capacidade de absorção de carga orgânica, além de permitir o intercâmbio de conhecimentos. Além do poder público, nosso público alvo é também a sociedade, que poderá ficar mais vigilante. Universidades e a população em geral terão, no portal, condições de acessar as informações. Até porque elas estão dispostas em um formato bastante acessível. Quanto ao poder público, ele terá melhores condições de definir suas políticas de forma mais embasada”, explicou Libânio.


Por: Redação Sociedade Sustentável


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