quinta-feira, 28 de outubro de 2010

60 milhões de empregos resultam de pesca em rios e lagos

Programa da ONU para o Meio Ambiente disse que setor precisa ser dirigido para geração de estabilidade alimentar e de receitas.


As Nações Unidas estão a pedir uma gestão maior no setor da pesca em águas interiores.


Segundo o Programa para o Meio Ambiente, Pnuma, a pesca em lagos e rios gera cerca de 60 milhões de empregos em todo o mundo.


Mudança de clima

De acordo com o Pnuma, o setor deve ser administrado para gerar estabilidade alimentar e receitas. A declaração faz parte de um relatório, divulgado nesta sexta-feira, pelo órgão, em Nagoia, no Japão.


As mudanças ambientais ameaçam os futuros stocks de peixes apesar dos mais de 40 anos de produção estável a nível global.

O pescador artesanal José Guilherme de Souza, da Colónia de Pescadores Z-08 de Fortaleza, no Brasil, disse à Rádio ONU, que nos últimos anos, com a diminuição dos cardumes, os profissionais trocaram a pesca industrial pela artesanal.

Pesca artesanal


"A quantidade de peixe, lagosta, vem diminuindo porque na realidade a pesca industrial, aqui do estado do Ceará, que era o barco de 50 toneladas, foi extinta. Passou todo mundo para a pesca artesanal que é feita com jangadas, lancha de pequeno porte, canoas. Passa uma semana no alto mar pescando lagosta e peixe de primeira como sirigado, cavala, pargo, garoupa, cioba e outros peixes", contou.


O relatório do Pnuma aponta aspectos como urbanização, construção de estradas, poluição, mudança climática e lixo nas águas internas de pescaria como algumas das ameaças diretas para os peixes.


Migraçao de peixes


Cerca de 100 milhões de pessoas em África dependem desse alimento para sobreviver.


Uma das propostas do Pnuma consiste na construção de novas barragens em locais onde o seu impacto sobre o ecossistema dos rios seja menor para permitir a migração de cardumes.


Por: Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque
www.unmultimedia.org

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