terça-feira, 12 de julho de 2011

A precariedade da Travessia de Ferry Boat: um desserviço à comunidade

Quem precisa usar estes transportes de massa que faz a travessia entre São Luís e a baixada maranhense com frequência sabe bem que o local precisa de reforma urgentemente. São transportes sujos, goteiras, mal iluminado, atrasos no embarque e desembarque, falta de escadas rolantes (ou elevador) e, para completar, a falta de acessibilidade para deficientes físicos e idosos, e ainda tem a limpeza que deixa muito a desejar.
A questão da acessibilidade é um dos principais problemas. Um grande número dos usuários do Ferry é composto de idosos, que constantemente precisam se deslocar do interior para capital e vice-versa. São pessoas que pagam por serviço e não são atendidos em sua plenitude, uma vez que para se ter acesso aos espaços, eles precisam subir lances de escadas. São inúmeros degraus, numa altura que equivale a um prédio de dois andares e que exige muito dos idosos e portadores de necessidades especiais e doentes, que precisam subir e descer escadas com mala. E os cadeirantes se queixam mais ainda, pois não tem elevador para eles.


Passar de um lado para outro nestas embarcações é uma verdadeira maratona para um deficiente físico, seja ele com muleta ou com cadeira de rodas, ao embarcar, não há como ir do bloco de acesso aos compartimentos superiores, a não ser que sejam carregados no colo, o que não deixa de ser um constrangimento e um desrespeito a estes cidadãos que lutaram e adquiriram direitos que estas empresas desconhecem por completo.


A falta de estrutura destes equipamentos públicos é tamanha que os proprietários destas concessões públicas resolveram aumentar por conta própria os valores cobrados nas passagens de veículos, na ordem de 20%. São valores muito elevados para nenhum serviço. A sujeira, mal cheiro, banheiros fétidos e nenhuma sinalização sobre direitos e deveres dos embarcados.


No geral, o serviço de “exploração” dos serviços de Ferry Boat é bem deficitário, longe do ideal. Os proprietários destas latas velhas, pintadas de novas, que muitas das vezes se assemelham a lata de sardinhas, devido os números de pessoas, que não é limitado, coloca-se, quantos passageiros tiver e puder pagar. Nunca se obedece a horários, saindo sempre quando lhes convier, não importando se o passageiro tem ou não compromisso assumido. Os espertalhões até fixaram cartazes nos postos de vendas, “justificando possíveis atrasos”, tentando fugir das responsabilidades.
 
Por: Reginaldo Rodrigues
http://cazombando.blogspot.com/

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