terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Baleia não consegue voltar para alto-mar e morre em Turiaçu, MA


Mamífero morreu em consequência de estado debilitado.
Animal tinha aproximadamente 15 metros de comprimento.

Do G1 MA
Baleia não resistiu aos ferimentos e morreuBaleia não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde desta terça (24) após encalhar em região de mangue
baleia da espécie jubarte que encalhou na manhã desta segunda-feira (23), em uma região de mangue na cidade de Turiaçu, a 152 km de São Luís, não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde desta terça-feira (24). A imagem foi enviada por uma internauta que não quis se identificar.
De acordo com informações do superintendente de fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente Rafael Carvalho, uma equipe do Corpo de Bombeiros da cidade de Pinheiro, a 129 km de Turiaçu, teria encaminhado o mamífero para o alto-mar, mas devido o seu estado debilitado, ela acabou voltando para região de mangue, onde morreu.
Ao G1, a coordenadora nacional do Centro de Mamíferos Aquáticos Fábia Luna afirmou que o caso da baleia encalhada no Maranhão estava sendo acompanhado e que a função do órgão é principalmente orientar nos primeiros socorros do animal. Ela afirmou que a maioria dos mamíferos, quando chega à terra firme ou em área de mangue, é porque já estava debilitado.
Outros fatores citados pela coordenadora estão ligados a fatores externos, como acidente causado por alguma embarcação, pesca mal sucedida, ou a idade avançada do animal. “É muito raro uma baleia deste porte encalhar numa região de mangue, mas quando isso acontece, na maioria dos casos, a motivação deste animal foi causada por fatores externos, que estão muito mais vinculados as ações do homem doque com o próprio habitat do animal”, explica.
A baleia tinha aproximadamente 15 metros de comprimento e, segundo informações da bióloga e presidente do Instituto Ecos de Gaia Nayara Valle, até o momento, não havia nenhum registro de um animal deste tamanho que tivesse encalhado antes.

G1 MA

Adeus aos índios e à biodiversidade


indigenascapaSai década, entra década e não mudamos. Nosso mundo institucional continua cego e surdo ao que convenções e tratados, além de relatórios de pesquisadores, têm dito: a biodiversidade é um dos bens mais decisivos; sem ela, não só perderíamos a possibilidade de manutenção e reposição das espécies, como afetaríamos tudo o que está ao redor – bens naturais, recursos hídricos, regime do clima. E depois da Convenção da Biodiversidade (ONU), da qual o Brasil é signatário (1992), vários outros documentos têm enfatizado que o caminho mais eficaz para a conservação da biodiversidade está nas reservas indígenas, mais eficazes até que reservas, parques e outras áreas protegidas.

Parece que nada disso existe. A Câmara dos Deputados aprovou – e vai ao Senado – emenda ao substitutivo do ruralista Alceu Moreira (PMDB-RS) para o projeto de lei do Executivo (7.735/2014) que facilita o acesso de pesquisadores e de empresas aos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade e agrobiodiversidade, sem “consentimento prévio informado”, ao contrário do que se pensara exigir. E isso é fruto de acordo para permitir maiores ganhos a indústrias farmacêuticas e de cosméticos, além de agroindústrias – com prejuízos para povos e/ou grupos que detêm esses conhecimentos, principalmente grupos indígenas. Para ficar mais claro: em certos casos, basta uma palavra para abrir à apropriação de terceiros esses conhecimentos – basta, por exemplo, chegar a um grupo indígena e ouvir de um de seus membros que esta ou aquela planta ali é usada tradicionalmente para tratar desta ou daquela doença. Sem precisar de “consentimento prévio informado” e de pagar.

Isso também anula em parte o reconhecimento do papel fundamental de índios e comunidades tradicionais na conservação da biodiversidade de vegetais, animais, micro-organismos, óleos, resinas, frutos da floresta. E dificulta que o Brasil venha a ratificar a Convenção de Nagoya, de 2010, que protege esses conhecimentos e exigiria o “consentimento prévio” às informações e a “repartição justa e equitativa” da exploração. Mas no substitutivo aprovado – que teve manifestação contrária da Fundação Nacional do Índio – substituiu-se esse “consentimento prévio informado” por “anuência prévia”, além de substituir “poder de decisão” por “participar da tomada decisões”.
Não bastasse, o presidente da Câmara dos Deputados confirmou (Instituto SocioAmbiental, 5/2) que será desarquivada, a pedido da bancada ruralista, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que transfere do governo federal (Funai) para o Congresso a última palavra sobre a oficialização e demarcação de terras indígenas, unidades de conservação e territórios quilombolas. Os índios podem perder, por essa nova via, o que a própria Constituição de 1988 lhes assegurou. Mas acata-se a visão da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, segundo quem a PEC 215 “não é risco”, já que “os índios saíram da floresta e passaram a descer para áreas de produção”.
Por que, então, não continuar desmatando na Amazônia e no Cerrado, principalmente? Por que não expandir as pastagens, embora apenas 40% dessas pastagens (Amazonia.org.br – Radiografia das Pastagens, estudo conjunto com a Universidade Federal de Goiás e a Secretaria de Assuntos Estratégicos do Paraná) estejam “em boas condições” e 12% sejam “vulneráveis a uma seca prolongada”? Em geral, afirma o estudo, a gestão dessas pastagens é “ineficiente” e a média ali é de apenas uma rês por hectare (fora do Brasil a média chega a seis cabeças por hectare). E só no Cerrado já são 700 mil quilômetros quadrados de pastagens. Ao todo, o Brasil tem mais de 210 milhões de cabeças de gado bovino em 160 milhões de hectares de pastagens.

Um dos produtos finais desse processo está nas taxas de desmatamento da Amazônia (embora em 2014 tenham diminuído 83% em relação a 2 012). Entre 1988 e 2012 foram 15.871 quilômetros quadrados médios por ano; de 2004 a 2012, 4.571 quilômetros quadrados (Painel de Indicadores Ambientais, Ministério do Meio Ambiente, 19/12/14). Mas o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) lembra que em 2013 elas aumentaram 28%.
E que importância tem tudo isso – pensarão os defensores da PEC 215 – na questão dos recursos hídricos, que hoje estão no centro dos nossos dramas? Principalmente no Cerrado, onde o desmatamento e a impermeabilização dificultam a infiltração de água no subsolo, onde nascem rios que correm para as três grandes bacias brasileiras. Só lhes importa dizer que a agropecuária responde por mais de 20% do PIB brasileiro, gera mais de R$ 1,1trilhão, e a pecuária produz 30% disso tudo, ante 70% da agricultura (Mapa, 29/12/14). Como se não houvesse outras graves questões a ser também consideradas.

Satélites artificiais não estão detectando mais de 4 mil focos de queimadas em áreas de vegetação (IGDNews, 4/2/15), o número mais elevado desde maio de 1999? Mas importante, para os defensores do economicismo à outrance, seria lembrar apenas que vamos criar em 2015, em mais 2,2 milhões de hectares amazônicos, novos projetos de exploração de florestas públicas – embora muitas das que já foram implantadas tenham sido processadas pelo Ibama e outros órgãos por extração de madeira muito além dos limites permitidos. Afinal, argumentam os defensores desses caminhos, o Brasil precisa produzir mais madeira, ainda que já tenhamos ultrapassado o milhão de metros cúbicos anuais (só no que é vistoriado e controlado).

E não bastasse, cuida-se também da liberação de variedades transgênicas de eucalipto. Talvez os pais da ideia devessem conversar com proprietários no Cerrado que lamentam haver entrado por esse caminho, que tem levado ao desaparecimento de nascentes – pois não se tem estudos sobre o ciclo hidrológico completo do eucalipto, que chega a 30 anos, para saber qual é o uso total de recursos hídricos.

Por: Washington Novaes é jornalista. 
** Publicado originalmente no site O Estado de S. Paulo.
(O Estado de S. Paulo) 

http://envolverde.com.br/

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Baixada maranhense enfrenta pior estiagem dos últimos 50 anos


Falta de chuvas altera paisagem da região.

Repórter Mirante mostra vida da população na região.

Do G1 MA, com informações da TV Mirante
Há 50 anos, a baixada maranhense não enfrenta uma estiagem tão intensa. A falta de chuvas prejudica tanto a vida da população e do meio ambiente da região, que consegue alterar a paisagem do Pantanal maranhense. O assunto foi destaque no Repórter Mirante deste sábado (21).

Em meio à terra esturricada pelo sol, bois e búfalos lutam para sobreviver a uma temperatura que não deixa nada a desejar à de um deserto. A busca por água que obriga cada rebanho a se deslocar por longas distâncias. Um sacrifício que acaba deixando muitos pelo meio do caminho.

Com lagos quase secos, homens e mulheres pescam em meio à lama, tentando driblar a seca. Em meio ao sol que maltrata, o programa mostrou a revoada das aves migratórsia que chegam à região em busca de calor e comida.  Um espetáculo de contrastes de uma natureza que, ainda, resite a várias mudanças climáticas. Clique no vídeo acima e veja o Repórter Mirante na íntegra.

http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2015/02/baixada-maranhense-enfrenta-pior-estiagem-dos-ultimos-50-anos.html

Baleia é encontrada encalhada em mangue na cidade de Turiaçu, MA


Animal teria aproximadamente 15 metros de comprimento.
Mamífero ficou preso na vegetação de um mangue.

Do G1 MA
Baleia encalha na região de Turiaçu, MA (Foto: Sem crédito)Baleia encalha na região de Turiaçu, MA (Foto: Sem crédito)
Uma baleia Jubarte foi encontrada na manhã desta segunda-feira (23) na cidade de Turiaçu, a 152 km de São Luís. O animal ficou preso na vegetação de um mangue e acabou se ferindo. De acordo com informações dos moradores do local, o Corpo de Bombeiros foi acionado e com ajuda de alguns pescadores ainda tentam desencalhar o animal. A baleia está em um canal encalhada entre as raízes do mangue, o que tem dificultado o trabalho deles que tentam salvar a baleia.
Ainda segundo os moradores, o animal teria aproximadamente 15 metros de comprimento. A bióloga e presidente do Instituto Ecos de Gaia, Nayara Valle, afirma que não há nenhum registro de um animal deste porte que tivesse encalhado antes. "Não há registro no estado do Maranhão de um animal deste porte encalhado. Se a baleia for realmente deste tamanho é um caso inédito”.
A bióloga acrescentou que uma mudança na corrente ou uma desorientação do animal podem ter feito que ele tenha mudado sua rota. “Não sabemos a idade nem as condições de saúde dessa baleia, fatores que também poderiam ter influenciado para que ela alterasse sua rota”, analisou Nayara Valle.
O animal foi resgatado no fim da tarde desta segunda-feira após ajuda do Corpo de Bombeiros e moradores da cidade.

http://g1.globo.com/ma/maranhao/index.html

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Bequimão participa da construção do Plano de Conservação dos Manguezais (PAN Manguezal)


PAN Manguezal estabelece ações de conservação para 74 espécies, das quais 20 são ameaçadas em âmbito nacional



O ecossistema manguezal agora tem um Plano de Ação Nacional para Conservação das Espécies Ameaçadas e de Importância Socioeconômica, o chamado PAN Manguezal.


O plano estabelece ações de conservação para 74 espécies, das quais 20 são ameaçadas em âmbito nacional, nove em âmbito regional e 45 são espécies de importância socioeconômica e não ameaçadas.


Imagem: trabalho de grupo "espécies ameaçadas nos manguezais" realizada em Belém(PA)



Participaram da construção do Plano os Senhores José Raimundo Rodrigues e Edmilson Pinheiro pelo município de Bequimão, o Sr. Beto e Sra. Máxima por São Luís (MA), entres outros representando o estado do Maranhão nas oficinas do Plano.



Fotos: SEMATUR
Por: SEMATUR

http://sematurbeq.blogspot.com.br/

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Pesquisadora da UEMA participa do Plano de Ação Nacional para Conservação das Espécies Ameaçadas


A professora Zafira Almeida, do Curso de Biologia da UEMA, está representando a Instituição e o Estado do Maranhão no Grupo de Peixes e Comunidades de Pescadores, no Encontro PAN Manguezal do Brasil, que acontece no período de 2 a 4 deste mês, no Gold Mar Hotel, em Belém-PA.
O PAN Manguezal tem como objetivo geral conservar os manguezais brasileiros, reduzindo a degradação e protegendo as espécies focais do PAN, mantendo suas áreas e usos tradicionais, a partir da integração entre as diferentes instâncias do poder público e da sociedade, incorporando os saberes acadêmicos e tradicionais.

O Plano estabelece ações de conservação para 74 espécies, sendo 20 espécies ameaçadas em âmbito nacional, 9 espécies ameaçadas apenas em âmbito regional e 45 espécies de importância socioeconômica e não ameaçadas.

Para atingir seu objetivo geral previsto, o PAN Manguezal, tem o prazo de vigência até janeiro de 2020.

http://www.uema.br/

Agronegócio e indústrias consomem 79% da água de todos os mananciais do Brasil


A agricultura irrigada consome 72% de todos os mananciais hídricos do país e não fazem investimentos para a preservação das fontes. O agronegócio protegido pela presidente Dilma Rousseff é um dos principais responsáveis pela crise.

No ano de 2000, a Organização das Nações Unidas fez uma importante advertência para os problemas que viriam com as constantes mudanças climáticas que poderiam proporcionar a falta de água em diversos países do mundo a partir do ano de 2025. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil promoveu imediatamente uma Campanha da Fraternidade, levando a público um amplo debate sobre a preservação das fontes naturais, da racionalidade de consumo e da necessidade de criação de tecnologias para o enfrentamento futuro dos problemas iminentes anunciados pela ONU.

Foi a partir do ano 2000, que empresas multinacionais começaram a comprar fontes de águas naturais e minerais, com destaque para a Coca-Cola, hoje detentora da maioria delas. A crise hídrica que hoje domina vários Estados da Federação, já era enfrentada em alguns continentes. Por inúmeras vezes, entidades de preservação ambiental da região amazônica chegaram a denunciar que navios estrangeiros de grande porte estavam carregando água dos rios Amazonas, Negro e Solimões. Ela, depois de passar por vários processos são engarrafadas e vendidas em diversas partes do mundo. As denuncias não foram levadas a sério pelos governos estaduais da região Amazônica e muito menos pelo governo federal.

Diante da séria realidade que está instalada nos principais Estados da região Sudeste, com riscos iminentes de racionamento grave para o consumo da população e os problemas que serão gerados na produção agrícola, na pecuária e na indústria, as autoridades esperaram o fato acontecer e como sempre desprezam a prevenção.

A verdade é que com os avanços cada vez maiores do agronegócio, a agricultura é responsável por 72% de todo o consumo de água no país. A pecuária responde por 11%, o abastecimento urbano, que é água que chega aos consumidores residenciais é de 9%, a indústria responde com 7% e 1% representa o consumo rural.

As advertências feitas pela ONU foram levadas em consideração pelas empresas multinacionais, com destaque para a Coca-Cola, que não terá maiores dificuldades para a industrialização dos seus produtos e naturalmente com a lei da oferta e da procura deverá naturalmente fazer correções de preços. Pelo menos no Maranhão, onde ainda não há riscos iminentes de escassez da água, ainda não foi colocado um plano de combate ao desperdício e preservação dos nossos mananciais, das matas ciliares dos nossos rios e o desenvolvimento de uma politica racional e de reaproveitamento da água pelos grandes projetos do agronegócio e da indústria. Em nossa capital, o desperdício é muito grande e o furto do produto é descarado, daí a necessidade urgente de ações e campanhas de conscientização.


http://blog.oquartopoder.com/aldirdantas/

Hoje é o Dia Mundial das Áreas Úmidas

Foto: © WWF-Brasil/Bento Viana
A maior área úmida do planeta é o Pantanal, 
possuindo uma extensão de 624.320 km², aproximadamente 62% do Brasil. 
Autor: Foto: © WWF-Brasil/Bento Viana
A maior área úmida do planeta é o Pantanal, possuindo uma extensão de 624.320 km², aproximadamente 62% do Brasil.


Celebrado no dia 2 de fevereiro, o Dia Mundial das Áreas Úmidas é uma data para chamar atenção sobre a importância de promover a conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais em importantes ecossistemas como pântanos, charcos, pauis, sapais, turfas. Estas superfícies alagáveis acolhem diversificados ambientes tanto em termos de plantas quanto de animais aquáticos, sendo o Pantanal, uma das mais conhecidas e ricas extensão de pântano do mundo.
A data comemorativa, bem como o conceito de zona úmida, surgiu durante a Convenção de Ramsar, em 1971, no Irã, quando um tratado foi pactuado por diversas nações. Atualmente são 168 países signatários do tratado, que, como contrapartida, têm de designar ao menos uma área úmida para compor a lista Ramsar.

Os sítios Ramsar são definidos como toda extensão de superfícies cobertas de água, de regime natural ou artificial, permanentes ou temporárias, contendo água parada ou corrente, doce, salobra ou salgada. A adesão confere ao sítio Ramsar benefícios relacionados à assessoria técnica e financeira com vistas à sua proteção.

Pantanal: maior área úmida do planeta

A maior área úmida do planeta é o Pantanal, possuindo uma extensão de 624.320 km², aproximadamente 62% do Brasil, abrangendo os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e estende-se pela Bolívia, 20%, e Paraguai, 18%. Abriga três Sítios da Convenção de Ramsar, além de ser considerado um Sítio do Patrimônio da Humanidade das Nações Unidas, bem como a Reserva da Biosfera do Pantanal.

Também chamado de “reino das águas”, o Pantanal é um imenso reservatório de água doce e fundamental para o suprimento hídrico, a estabilização do clima e a conservação do solo.
As cheias atingem, anualmente, cerca de 80% da região o que permite a renovação da fauna e da flora. O equilíbrio ecológico do bioma depende do movimento constante do subir e baixar das águas que tem início no mês de novembro, com a alta dos rios que provoca as enchentes na planície. Em maio, as chuvas param e as águas baixam. Qualquer alteração nesse ciclo hidrológico pode comprometer toda a sua rica biodiversidade.

O ciclo começa com as águas que nascem na parte alta da Bacia do Alto Paraguai e descem para a planície alagada do Pantanal. Essas áreas altas são hoje o foco de grandes transformações, não só relacionadas às atividades agrícolas e pecuárias, mas também pela implementação das grandes obras de infraestrutura, como as barragens para a geração de energia.

Para ilustrar o processo cíclico do Pantanal, o WWF-Brasil produziu um vídeo que aborda a dinâmica de cheias e baixas, com ênfase na importância do ciclo das Águas do Pantanal e como ele está diretamente ligado à preservação da região. Link: http://migre.me/oimLl

Ações do WWF-Brasil no Pantanal

O WWF-Brasil trabalha no Pantanal e apoia projetos de conservação há 16 anos. Atualmente dois Programas do WWF-Brasil atuam na região: Cerrado Pantanal e Água para a Vida. Estudos de impacto sobre o uso do solo e mudanças climáticas, cálculo da Pegada Ecológica, trabalho em escolas sustentáveis, monitoramento da cobertura vegetal, ações para conservação de áreas degradadas, estímulo a produção sustentável de carne com a promoção de boas práticas para o fortalecimento da pecuária orgânica certificada são algumas das iniciativas coordenadas pelo Programa Cerrado Pantanal.
O Programa Água para Vida trabalha pela conservação de 747 quilômetros de rios do Pantanal, pela restauração da mata ciliar de 30 nascentes da região e em cinco quilômetros de afluentes. Além disso, trabalha na criação do Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal, fórum de discussão e de articulação política entre o poder público, o setor privado e a sociedade civil para estabelecer metas e soluções conjuntas para aprimorar a gestão dos recursos hídricos do Pantanal.

Na região, a estratégia de conservação é compartilhada ainda com o WWF-Bolívia e o WWF-Paraguai. O trabalho desenvolvido tem promovido ações mais efetivas na conservação do bioma que buscam envolver a conservação e a proteção dos ecossistemas aquáticos, o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, o planejamento sistemático do território e o desenvolvimento de hábitos responsáveis de consumo.

Tratado de Ramsar

O Brasil foi incluído no tratado de Ramsar em 1993 e, desde então, contribui para a lista com 12 zonas úmidas, compreendendo um total de 6.568.359 hectares. Mais recentemente, em 2014, o país, por meio do Comitê Nacional de Zonas Úmidas, indicou novos sítios Ramsar em sete unidades de conservação.


As áreas propostas ficam nas Reservas Biológicas do Atol das Rocas, e do Guaporé, na Área de Proteção Ambiental, e no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, na Estação Ecológica do Taim, na Área de Proteção Ambiental de Guaratuba, e nos Parques Nacionais do Viruá, e da Ilha Grande

Depois de aprovados, os novos sítios somam-se aos outros 12 já instituídos no Brasil pelos participantes da Convenção de Ramsar, que acontecerá em Punta del Este, no Uruguai, em meados de 2015.

Confira aqui a lista completa das Unidades de Conservação que são sítios Ramsar no Brasil:

Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (AM);
Parque Nacional do Cabo Orange (AP);
Parque Nacional Marinho dos Abrolhos (BA);
Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses (MA);
Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense (MA);
Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luiz (MA);
Parque Estadual do Rio Doce (MG);
Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Rio Negro (MS);
Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense (MT);
Reserva Particular do Patrimônio Natural SESC Pantanal (MT);
Parque Nacional do Araguaia – Ilha do Bananal (TO);
Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS).
Por: WWF

http://envolverde.com.br/