segunda-feira, 18 de abril de 2016

Operações realizadas na Reserva do Gurupi revelam crimes ambientais no MA



Objetivo da operação é combater a extração ilegal e o desmatamento.
Fiscais encontraram caçadores e apreenderam dez armas de fogos.


Operações realizadas na Reserva Biológica do Gurupi (Rebio) revelam que ainda são frequentes os crimes ambientais. Na última ação, uma equipe de agentes e policiais ambientais passou quase um mês dentro da Rebio.
O objetivo da operação é combater a extração ilegal e o desmatamento. Mas outros crimes como invasões e ampliação de pastagem também estão na mira dos fiscais da Reserva do Rebio que se revezam durante o ano em operações.
Durante todo o mês de março a equipe ficou concentrada na região do Rio das Onças, situado no município de Bom Jardim, a 275 km de São Luís, onde ainda é intensa a atividade de pastagem e agricultura.
No local, os fiscais encontraram grandes áreas destruídas por incêndios para a limpeza do terreno. Os fiscais também encontraram caçadores e apreenderam dez armas de fogos. Quinze animais silvestres, alguns já mortos pelos caçadores, foram apreendidos e até um ex-presidente da Associação de Moradores da Comunidade Rio das Onças foi autuado e vai pagar multa de três mil reais. Ele criava em cativeiro três jabutis.
Segundo o coordenador da operação, Otaciano Matos, o homem ex-presidente que foi autuado é considerado um criminoso ambiental. “Na verdade ele tá se comportando como um criminoso ambiental, infelizmente. Ele argumentou que foi o empregado dele”, revelou o coordenador.
Nas operações realizadas de janeiro a março deste ano foram aplicados mais de 100 mil reais em multas por áreas desmatadas. Cinco áreas foram embargadas e dois caminhões foram utilizados para o transporte de madeira foram incendiados.
Apesar da fiscalização permanente dentro da Rebio, os fiscais encontraram uma placa onde era anunciada a venda de 1.240 hectares de terra no interior da Reserva, o que pode significar ainda um grande domínio dos posseiros dentro da Rebio.
De acordo com o coordenador, o trabalho das equipes vem sendo feito sob clima de tensão em virtude da resistência de quem pratica crimes de toda a natureza dentro da Rebio. “Levei muitos recados das pessoas achando que com a ameaça e tal. Agora mesmo foi preso o mandante do assassinato do conselheiro. Então a gente fica muito apreensivo com essa situação. Muitos invasores ainda continuam impune. Infelizmente a Justiça ainda não deu uma solução pra essas pessoas que invadiram, roubaram madeira e implantaram lá as suas fazendas, e ainda se dizem donos”, finalizou.

http://g1.globo.com/ma

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